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Tchitundu-Hulu: a história resgatada
Maio 2020

Exposição

O objetivo desta exposição é o resgate da história de Tchitundu-Hulu, na área de Capolopopo, no Namibe – local onde se situa esta exposição. O Tchitundo-Hulu é um morro granítico, bastante conhecido pelas suas pinturas rupestres de mais de quatro mil anos, no entanto ao longo do tempo, reparou-se que a história deste lugar tem sido esquecida. Assim, vemos aqui a intenção de fazer com que essas memórias revivam e que possa incluir os habitantes actuais do próprio território, os mucuisses.

 

A proposta reside na ideia de trazer o turismo comunitário para a zona, fazendo com que o local ganhe maior vivacidade com este novo elemento, a cabana de arte, almejando a inclusão social. Um dos  desejos é relembrar o povo, que acredita-se ser o primeiro a habitar aquela região, os bosquímanos. Assim, este também é um exercício para que o povo que hoje reside nesta região tenha conhecimento de toda a história que ali passou, deixando marcas que até hoje perpetuam, gravadas em formas de pinturas rupestres no morro Tchitundu-Hulu.

 

Contaminada por toda a história do local, a artista decidiu homenagear o povo bosquímano com ilustrações criadas especialmente para esta ocasião, e que materializam as intenções e inquietações sobre este lugar que ferve de cultura, ancestralidade e mistério. Estas ilustrações serão a base e o núcleo desta exposição, girando o restante em torno das mesmas. 

Artista

Nascida em Luanda, em 1995, Francisca dos Santos formou-se em Arquitectura e Urbanismo pela Universidade Lusíada de Angola em 2019. Desde cedo interessou-se pela arte e relata que uma das suas fontes de inspiração, foi o programa televisivo art attack.  

 

O percurso artístico surge da necessidade de se expressar, de modo a fazer uma fusão entre a arquitectura, natureza e pintura. Na busca por uma identidade artística, a artista vê em África a sua maior inspiração, pretendendo com a sua arte dizer ao mundo que “África não é uma selva e nós temos muito poder”  “Vejo a minha arte a transformar-se pouco a pouco naquilo que quero me tornar”  diz a artista.  Como grande apreciadora da natureza, procura sempre soluções sustentáveis em seus trabalhos e cada vez mais por uma vida repleta de recursos apenas vindos da natureza.

Arquitectos

Elsimar Rodrigues de Freitas, natural de Angola (Luanda), actualmente residente em Portugal (Lisboa) onde encontra-se a concluir o seu grau de mestrado pela Universidade Lusíada de Lisboa. Enquanto estudante participou de algumas exposições de grande interesse pessoal, tais como: exposição Bafureira + Cascais (Outro olhar) em 2015; Exposição 30 anos Arquitetura  Universidade lusíada Lisboa 2017; Arquitectura e saúde mental: Exposição três propostas para rua da Lavoura em 2018. Nestas teve a oportunidade de adquirir experiências, principalmente no trabalho de execução colectiva.   Desde sempre, tem como objectivo principal actuar no desenvolvimento de ensaios e projectos arquitectónicos que visam compreender a importância do papel do arquitecto na sociedade.

Mamona Duca, nascido em Luanda, licenciado em Arquitectura e Urbanismo, pela faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Metodista de Angola. Constituem áreas de interesse: as novas tecnologias, o detalhe na Arquitectura, a fotografia, a consciência no acto de projectar e a abordagem humanista, factores fundamentais quando se pensa e desenha o espaço.

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