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CABANA DE ARTE ACADÉMICOS 2021

Programa e Regulamento do Concurso

Este concurso respeita o presente regulamento. O não cumprimento de um dos artigos aqui citados, poderá causar a desclassificação da sua proposta.

1.Concurso e Elegibilidade

Este é um concurso de ideias com a intervenção de um júri por procedimento aberto  anônimo. É privado (sem fins lucrativos) e sua natureza é puramente acadêmica. Este concurso será regido pelo que está descrito no presente regulamento, sendo que o Júri terá competência para resolver quaisquer aspetos que não sejam aqui indicados explicitamente (com auxílio do grupo BANGA). 

A proposta vencedora fará parte de uma exposição virtual no site “Cabana de Arte” e de uma exposição física, junto com o artista convidado, Muamby Wassaky. 

 

Todas as decisões tomadas neste concurso deverão respeitar os princípios do anonimato e não discriminação de alguns concorrentes em relação a outros. O compromisso do grupo BANGA com o grupo vencedor limita-se exclusivamente aos prêmios mencionados neste documento. Nenhuma relação contratual subsequente surgirá entre o grupo BANGA e os vencedores deste concurso, uma vez que o objetivo do concurso é apenas a reflexão sobre o assunto exposto e não implica a concretização do projeto.

Para participar no concurso será necessária uma inscrição no site oficial (clique aqui para se inscrever), sendo possível participar individualmente ou em grupos até 5 pessoas. A inscrição será gratuita e podem participar todos os alunos matriculados oficialmente do segundo ao quinto ano de todos os Institutos Técnicos Superiores e Faculdades de Arquitetura em Angola. Poderão ainda participar alunos recém-formados, desde que tenham concluído os seus estudos até 12 meses, a contar da data de início deste concurso. 

Após registo no site oficial, será atribuído a cada grupo um código que será necessário juntar no momento de apresentação dos trabalhos (explicado mais a frente). Toda informação dos participantes será confidencial, gerido pelo grupo BANGA. Assim, junto com cada apresentação de proposta, será divulgado apenas o código correspondente ao grupo, para que a avaliação seja o mais imparcial possível.

Serão levados todas as propostas à um júri externo (nacionais e internacionais) composto por sete membros. Este júri irá decidir um único vencedor mais uma menção honrosa. 

2.Programa

Espaço expositivo para a obra de Muamby Wassaky

O programa será semelhante às edições passadas do Cabana de Arte, mas com alguns ajustes devido à natureza académica do concurso, e à dinâmica que se pretende criar entre alunos-artista. Pretende-se promover a interação com o cliente real (o artista), em que o grupo de alunos desenvolverá um projeto onde deverá ser notório o diálogo entre arquitetura e a arte/obra do artista. Espera-se ainda que a resposta ao programa seja dada de forma rápida (verificar datas limites), criativa e de acordo com os pedidos do cliente. Esta deve albergar e complementar uma das obras do artista (escolhida pelo mesmo), mas sem deixar de lado, as qualidades espaciais de um projecto de arquitetura. 

Diretrizes:

Pretende-se a construção de um espaço expositivo que albergue a obra do artista angolano de Muamby Wassaky, intitulada: Arquitectura da Construção Alternativa, onde os artista explora elementos típicos da construção tradicional (condutas, canos, tubos, fios eléctricos...) para criar esculturas e instalações. 

 

Entre edifícios destruídos durante a guerra, e obras inacabadas ou construídas sem o rigor necessário, podemos classificar Luanda como uma cidade (quase) apocalíptica: a representação perfeita de entropia, caos e desordem. Apesar desta aparente desorganização, aqui coexistem vários ecossistemas, quer naturais quer artificiais (fabricados pelo Homem). É neste ambiente dicotómico – destruído/construído, rico/pobre, começo/fim – que Muamby Wassaky encontrou inspiração para as suas obras. Como Muamby menciona, “fazemos tudo pela metade”: temos edifícios que foram destruídos mas os seus “cadáveres” ainda permanecem de pé; temos construções começadas mas deixadas a meio; e que por falta de rigor, temos construções mal feitas que consequentemente, geram problemas.

 

Dentro destes três grupos, existem elementos comuns que chamam a atenção de Muamby: as estruturas e sistemas responsáveis pelo sustento das construções. Pilares e vigas deteriorados com a armadura à mostra, material de canalização, aparelhos de ar-condicionado destruídos, fios de eletricidade e comunicações, são alguns destes elementos. O artista então começa a relacioná-los com os sistemas presentes no corpo humano: as veias e artérias com os cabos elétricos; as vigas e pilares com o esqueleto; os aparelhos de ar-condicionado com o sistema respiratório. Chega-se a uma conclusão: as construções são personificações do corpo humano, onde as que foram destruídas ou ficaram inacabadas remetem-nos a mutações da figura humana. Ouça aqui uma conversa com o artista ou faça download do resumo desta obra para perceber mais sobre "Arquitectura da Construção Alternativa".

 

Vale a pena lembrar que, o tema do projecto é Muamby Wassaky e pautas que o mesmo explora no seu trabalho: ecologia (reciclagem de materiais de construção), saneamento básico e o impacto da globalização sobre a cidade de Luanda.

 

Será necessário captar a essência do artista Muamby Wassaky, o que exigirá sensibilidade; as linhas entre a escultura, instalação e arquitetura tornam-se ténues, ou inexistentes. Os alunos deverão visualizar este desafio como uma oportunidade de levar ao extremo a arquitetura angolana. É preciso perceber que serão projetos utópicos, mas o pensamento crítico, a busca de uma identidade arquitetónica, a postura profissional são muito reais e critérios fundamentais na escolha do projeto vencedor. 

Este espaço expositivo localizar-se-á em Angola, na cidade de Luanda, num local a escolher pelos concorrentes (a relação do lugar escolhido dentro da cidade de Luanda com a temática do concurso poderá ser relevante). A cidade de Luanda foi escolhida pelas pontes já existentes entre a mesma e a obra de Muamby; o artista trabalha sobre várias questões afetas à sociedade angolana, como a problemática do saneamento básico, o desperdício e consumo exacerbado de recursos naturais. No entanto, deve-se ter noção da importância com a envolvente, sendo recomendado uma relação entre o projeto e o lugar. 

O espaço de exposição deve sempre nascer a partir de uma fachada que não ultrapasse os 7mx6m (comprimento x altura), que será o rosto do projeto. O que há por detrás desta? Qual espaço esta fachada alberga? Quem responderá estas perguntas serão os grupos de estudantes. 

Deverá existir uma comunhão entre o artista e o espaço que surgirá para albergar a sua obra. Não há nenhuma limitação quanto ao espaço projetado por trás do alçado, qualquer dimensão, volumetria, materialidade são permitidas. No entanto, pretende-se que se traga a memória de uma cabana ou habitação rural em Angola – de forma contemporânea –, pois, ao pensar na busca por uma identidade arquitetónica nacional, é lançado o desafio de trazer uma tipologia bastante simples – neste caso a “cabana” – e levá-la ao limite, depositando um conjunto de investigações e reflexões sobre o espaço arquitetónico. Por este motivo, é definida uma escala para a fachada que deve ser respeitada (para não se desviar da ideia de cabana). 

No presente site, existe uma página dedicada ao artista, para que o possam conhecer melhor e captar a sua essência, bem como uma conversa informal entre o mesmo e o grupo BANGA. Clique aqui para ouvir!

Aspetos importantes:

• Por se tratar de um concurso de propostas arquitetónicas, é importante que a funcionalidade e a relação de alguns espaços com outros dentro do projeto permaneçam resolvidos e representados em um ou mais tipos de plantas.

• Por ser um concurso de tipo acadêmico, não será considerado tão importante chegar a soluções de profundo nível técnico-construtivo (pretende-se que a resposta ao programa seja pensada de forma rápida), no entanto, será relevante o conceito, a identidade e a originalidade do projeto. 

• Incentiva-se os participantes à experimentação e exploração formal e espacial apostando em propostas originais, criativas e até mesmo arriscadas do ponto de vista arquitetónico, com um senso crítico em relação à arquitetura no país.

Critérios de Avaliação:

• O diálogo entre arquitetura e a arte/obra do artista.

• A exploração de soluções que vençam as intemperes do lugar (como o clima) e reflitam a busca de uma ou várias identidades dentro do panorama arquitetónico nacional. 

• Inovação e criatividade no conceito geral do projeto.

• Interesse espacial e arquitetónico da proposta.

• Integridade e coerência no design em termos de estratégias de inserção e diálogo do projeto com o seu contexto.

• Coerência e funcionalidade arquitetónica da proposta.

3.Elementos a entregar pelos concorrentes

A representação do projeto fica à critério do grupo de estudantes. São válidos: desenhos, esquemas, imagens 3D, colagens, fotografias, entre outros, desde que apresentem qualidade gráfica e ilustrem da melhor forma o projeto. 

Elementos a entregar: a entrega consistirá em 2 painéis digitais em formato A1 com as seguintes características:

• Formato de imagem digital: JPG.

• Nome do arquivo para cada painel: Código atribuído na inscrição_ letra A (primeiro painel) ou letra B (segundo painel)

                                                                                              Por exemplo: R0000_A.jpg

• Peso máximo: 7 megabytes por imagem/painel.

• Dimensões: Formato retangular na posição vertical. 

• Tamanho: A1 (84,1 x 59,4 cm).

Estes dois painéis incluirão todas as informações gráficas e escritas necessárias para a avaliação da proposta. O tamanho mínimo da fonte para textos deve ser 14 pontos. Todo o texto deve ser escrito em língua portuguesa. Qualquer técnica ou forma de expressão gráfica que explique a proposta será aceita.

Nenhuma documentação adicional pode ser enviada a mais dos painéis mencionados.

Os painéis enviados não podem conter marcas, logotipos, insígnias ou qualquer outro elemento que possa identificar o seu autor, exceto o código atribuído no acto da inscrição, que deve aparecer no canto superior direito de cada painel (sendo a única forma de identificação do concorrente).

4.Apresentação das propostas

As propostas serão recebidas apenas digitalmente. Os concorrentes devem seguir as instruções que lhe serão dadas no site. 

Para submeter a sua proposta, deve entrar no site oficial do site e clicar na página "submeter proposta" (clique aqui para ir para a página). Nesta página existe uma zona onde poderá fazer upload dos dois painéis (com o formato e com as regras especificadas no regulamento do concurso) em formato [jpg] e com até 7MB cada ficheiro.

O nome dos dois ficheiros seguirá o seguinte critério: Código atribuído na inscrição_Letra da ordem do painel (A ou B). Por exemplo, para o primeiro painel: R0000_A.jpeg

Onde R0000 é o código atribuído no acto de inscrição; e a letra A significa que é o primeiro painel. 

Para o segundo painel seria: R0000_B.jpeg

Caso não respeite estas especificações, a sua proposta não será avaliada.

Nenhum outro ficheiro deverá ser enviado para além dos dois ficheiros mencionados.

5.Data Limite de Entrega

01 de OUTUBRO de 2021, 23:00h

6. Prêmio

* O vencedor do concurso receberá um troféu e um certificado; participará numa exposição física; bem como aparecerá em publicações em revistas parceiras. 

* A menção honrosa receberá um certificado de participação.

* Exposições: No final do concurso espera-se a realização de uma exposição virtual e uma física com os vencedores (e possivelmente com o artista convidado). Quanto à exposição virtual, será responsabilidade do grupo BANGA montar, sendo que a estratégia utilizada será definida em conjunto com alunos (tour virtual, colagens, 3Ds...). No entanto, o grupo BANGA apenas irá montar a exposição e não irá produzir nenhum elemento para a mesma. Assim o grupo ficará condicionado aos elementos produzidos pelos alunos (desenhos, 3D, colagens, fotomontagens, maquetes...) para começar a montar a exposição virtual. O grupo BANGA poderá produzir elementos que ajudem na divulgação e interação com a exposição (os cartazes, o lettering, alguns símbolos que se relacionem com a exposição). Uma vez que o grupo BANGA está condicionado aos elementos produzidos pelo grupo de alunos para montagem da exposição virtual e física, é de extrema importância que respeitem os prazos estabelecidos, sob pena de ser cancelada a exposição.

* Visibilidade: Será realizado um trabalho de divulgação e publicidade pelo grupo BANGA durante toda a fase do concurso, dando ênfase ao vencedores do mesmo (à nível nacional e internacional).

7.Anonimato

• O grupo BANGA garantirá em todos os momentos que o anonimato de cada proposta seja respeitado durante o desenvolvimento do concurso.

• Os trabalhos serão apresentados apenas sob o seu número de inscrição atribuído, que deve aparecer nos painéis no canto superior direito, para que sejam avaliados pelos docentes e júri sob anonimato.

• É proibido qualquer tipo de marca, logotipo, ícone, símbolo ou qualquer sinal que possa identificar seu autor.

• O número de registo será o único elemento com o qual será organizado, processado e avaliado cada uma das propostas recebidas.

• Somente no final do concurso será divulgado o nome dos vencedores. Até lá, para todas as publicações feitas no site ou outras plataformas do grupo BANGA, serão usados os números de registo dos grupos concorrentes.

8.Direitos de autor

Os autores conservarão a propriedade intelectual das obras apresentadas, e nenhuma das propostas, nem mesmo a premiada, poderá ser utilizada para outros fins, senão os mencionados no presente documento.

Os concorrentes cederão ao grupo BANGA apenas os direitos de exploração que correspondam à finalidade da publicidade do concurso e dos seus resultados, tais como a publicação e exibição das obras apresentadas, embora os concorrentes que não tenham sido premiados, permanecerão anónimos.

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